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Construir ou Reabilitar em Portugal? Previsões para 2025/2026

  • Foto do escritor: Karolline Dutra
    Karolline Dutra
  • 13 de set.
  • 10 min de leitura

Atualizado: 30 de set.

Optar por construir ou reabilitar um imóvel é uma decisão estratégica que afeta o orçamento, o estilo de vida e a valorização futura.


Norte de Portugal, Porto e Vila Nova de Gaia, atração para construir ou reablitar em Portugal

Na temporada 2025/2026, o mercado português exibe tendências específicas para cada escolha, influenciadas pelos custos dos materiais, disponibilidade de terrenos, incentivos fiscais e novas demandas de sustentabilidade.



Construir em 2025/2026: cenário e oportunidades


Construir do zero continua a ser a escolha de quem procura personalização total e eficiência máxima. Este caminho permite maior controlo sobre todas as fases do projeto — desde o desenho arquitetónico até à seleção dos materiais de construção — garantindo que o resultado final reflete não apenas o estilo de vida do cliente, mas também responde às exigências atuais do setor. A construção nova é uma oportunidade de criar espaços que se adaptam às necessidades específicas de cada família, integrando tecnologia moderna e soluções sustentáveis que se alinham com as tendências contemporâneas.


Projetos totalmente personalizados para o cliente


Optar pela construção nova significa liberdade total no processo criativo. Cada detalhe do projeto pode ser pensado à medida, desde a implantação no terreno até os acabamentos interiores. Isso inclui a escolha de layouts que maximizam a funcionalidade e o conforto, bem como a incorporação de elementos de design que refletem a personalidade dos moradores. É a solução ideal para famílias que desejam um imóvel feito sob medida, sem ter de se adaptar às limitações de uma estrutura já existente. Além disso, a personalização pode se estender a aspectos como a eficiência dos sistemas de aquecimento e arrefecimento, a integração de tecnologias inteligentes, e a escolha de espaços exteriores que promovam o convívio e a interação social.


Eficiência energética


Edifício Sede da EDP II em Lisboa, destacando sua arquitetura sustentável e certificações de eficiência energética, como LEED e LiderA.

Nos próximos anos, as novas construções em Portugal devem cumprir requisitos cada vez mais rigorosos em termos de desempenho energético. Projetos enquadrados em padrões como os NZEB (nearly zero energy buildings) já nascem preparados para reduzir consumos, aumentar o conforto e valorizar o imóvel no mercado. A implementação de tecnologias como painéis solares, sistemas de aquecimento eficientes e isolamento de alta qualidade não apenas contribui para a sustentabilidade ambiental, mas também resulta em economias significativas nas contas de energia ao longo do tempo. A consciência crescente sobre a importância da eficiência energética está a moldar as preferências dos compradores, tornando esses imóveis ainda mais atrativos.


Valorização no futuro


Além de conforto imediato, um imóvel novo representa menor necessidade de manutenção estrutural e maior estabilidade de longo prazo. Essa durabilidade traduz-se em valorização, tornando a construção uma aposta sólida tanto para viver como para investir. À medida que as cidades se desenvolvem e a demanda por habitação de qualidade aumenta, os imóveis novos tendem a manter ou até aumentar seu valor no mercado. Investir em uma construção nova é, portanto, não apenas uma decisão prática, mas também uma estratégia financeira inteligente, especialmente em um cenário onde a valorização imobiliária é uma realidade em muitas áreas urbanas.


Desafios a considerar


Apesar das vantagens, construir envolve obstáculos que não podem ser ignorados. O preço dos terrenos em zonas urbanas continua elevado, o que pode representar um desafio significativo para muitos compradores. Além disso, a burocracia no licenciamento pode alongar prazos e complicar o processo, tornando essencial um planejamento rigoroso e uma compreensão clara das regulamentações locais. O investimento inicial costuma ser significativo, e é fundamental considerar todos os custos envolvidos, desde a aquisição do terreno até a conclusão da obra. Esses fatores exigem planeamento rigoroso e apoio técnico especializado para evitar surpresas desagradáveis ao longo do caminho. A colaboração com arquitetos, engenheiros e consultores experientes pode ajudar a mitigar esses desafios, assegurando que o projeto avance de forma eficiente e dentro do orçamento previsto.



Reabilitar em 2025/2026: valorização e sustentabilidade


Edifício reabilitado contrasta com as paredes desgastadas dos prédios vizinhos em Évora, refletindo a mistura de renovação e história.

A reabilitação de imóveis tem ganho destaque nos últimos anos e, em 2025/2026, a tendência deve ser ainda mais forte. Com a procura crescente por habitação em centros urbanos e o incentivo à preservação de património, reabilitar surge como alternativa atrativa para quem quer unir localização privilegiada, charme arquitetónico e modernização.


A fotografia ao lado serve como um excelente exemplo. Em Évora, localizada no sul de Portugal, percebe-se a realidade do mercado: muitos imóveis mostram sinais de desgaste, mas têm um grande potencial de valorização por meio da reabilitação. É nesse equilíbrio entre tradição e modernização que reside uma das maiores oportunidades para 2025/2026.


Incentivos fiscais e programas de apoio


O Governo português tem reforçado políticas de estímulo à reabilitação urbana, reconhecendo a importância de revitalizar áreas urbanas e a necessidade de preservar o patrimônio histórico. Em 2025/2026, a expectativa é de manutenção e até expansão desses programas, que têm se mostrado fundamentais para o desenvolvimento de projetos de reabilitação. Esses incentivos incluem benefícios fiscais, como isenções de impostos e deduções em impostos sobre o rendimento, além de linhas de financiamento específicas que visam facilitar o acesso ao capital necessário. Para muitos clientes, esses apoios podem representar a diferença entre viabilizar ou não um projeto, permitindo que proprietários e investidores realizem intervenções significativas sem comprometer sua saúde financeira. Através desses programas, o governo não apenas incentiva a reabilitação de imóveis, mas também promove a criação de empregos e o fortalecimento da economia local, resultando em comunidades mais vibrantes e coesas.


Preservação de edifícios com história


Reabilitar significa respeitar a memória de um espaço e, ao mesmo tempo, dar-lhe nova vida. Este processo vai além da simples restauração, pois envolve uma cuidadosa análise dos elementos que compõem a identidade do edifício. Elementos originais, como fachadas de pedra, azulejos tradicionais ou carpintarias antigas, podem ser valorizados ao lado de soluções contemporâneas, como sistemas de eficiência energética e tecnologias modernas de construção. O resultado é um imóvel único, que combina tradição e modernidade, refletindo a história local enquanto atende às necessidades contemporâneas. Essa abordagem não só preserva o patrimônio cultural, mas também enriquece a experiência dos moradores e visitantes, criando um ambiente que celebra a herança arquitetônica de Portugal. Além disso, a preservação de edifícios históricos pode aumentar o valor imobiliário da área, atraindo novos residentes e negócios que valorizam a autenticidade e a história.


Sustentabilidade como prioridade


Reutilizar e prolongar a vida útil de edifícios existentes é uma das práticas mais alinhadas com a sustentabilidade no contexto atual. Além de reduzir a necessidade de novos recursos e minimizar o desperdício, a reabilitação ajuda a revitalizar áreas urbanas já consolidadas, contribuindo para cidades mais equilibradas e resilientes. A reabilitação sustentável integra práticas ecológicas, como o uso de materiais reciclados, a instalação de sistemas de energia renovável e a implementação de técnicas de construção que minimizam o impacto ambiental. Ao transformar edifícios antigos em espaços modernos e eficientes, não apenas se preserva a cultura local, mas também se promove um estilo de vida mais sustentável, incentivando a redução da pegada de carbono e a conservação de recursos naturais. Este foco na sustentabilidade é essencial para atender às exigências das futuras gerações e para construir cidades que sejam não apenas habitáveis, mas também ecologicamente responsáveis.


Desafios a considerar


Apesar das vantagens, reabilitar exige atenção redobrada e um planejamento meticuloso. Obras em edifícios antigos podem revelar problemas estruturais, como fundações comprometidas ou paredes danificadas, além de falhas em instalações elétricas ou hidráulicas que não atendem mais às normas atuais. Outro desafio significativo são as limitações impostas por regulamentos de proteção patrimonial, que visam preservar a integridade dos edifícios históricos, mas que podem complicar o processo de reabilitação. Esses imprevistos aumentam custos e prazos, tornando essencial um acompanhamento técnico desde a fase de estudo prévio. Profissionais qualificados, como engenheiros e arquitetos especializados em reabilitação, devem ser envolvidos desde o início para garantir que as intervenções respeitem as características originais do imóvel, ao mesmo tempo em que atendem às exigências modernas de segurança e funcionalidade. A gestão eficaz desses desafios é crucial para o sucesso de qualquer projeto de reabilitação, assegurando que o resultado final não apenas preserve a história, mas também ofereça conforto e segurança aos seus ocupantes.



Construir ou reabilitar: o que esperar do mercado de Portugal em 2025/2026


Nos próximos dois anos, prevê-se que tanto construir como reabilitar mantenham relevância, mas com dinâmicas distintas. O setor da construção civil, que tem sido um pilar fundamental da economia em muitas regiões, passará por transformações significativas que afetarão tanto a forma como novas estruturas são erguidas quanto a maneira como as existentes são renovadas.


Edifício reabilitado em Braga, destacado pela fachada vibrante, reflete o grande potencial de investimento da cidade no norte de Portugal.

Reabilitar em alta


A reabilitação de imóveis tem ganhado destaque especialmente nas cidades e vilas históricas, onde a procura por imóveis com identidade arquitetónica e valor patrimonial deve continuar a crescer de forma significativa. Este movimento não apenas preserva a história e a cultura locais, mas também contribui para a revitalização de áreas que podem ter sido negligenciadas ao longo do tempo. A reabilitação é vista como uma forma de dar nova vida a estruturas antigas, mantendo a sua essência e charme, enquanto se adaptam às necessidades modernas de conforto e funcionalidade. Além disso, a valorização de imóveis reabilitados em áreas históricas pode resultar em um aumento considerável no valor de mercado, atraindo investidores e compradores que buscam não apenas um lar, mas também um pedaço da história.


Construção em expansão fora dos grandes centros


A construção de novas habitações está em expansão, especialmente fora dos grandes centros urbanos. Terrenos mais acessíveis em áreas suburbanas e rurais devem atrair um número crescente de pessoas que procuram uma personalização completa em seus projetos de construção. Este fenômeno é impulsionado pela busca por qualidade de vida, onde as famílias desejam espaços mais amplos, natureza ao redor e um ambiente mais tranquilo. A possibilidade de construir uma casa sob medida, que atenda às necessidades específicas de cada família, é um atrativo significativo. Além disso, a redução do custo de vida em áreas mais afastadas das grandes cidades, juntamente com a possibilidade de teletrabalho, tem incentivado muitas pessoas a reconsiderar suas opções de habitação e a explorar essas novas oportunidades de construção.


Sustentabilidade no centro das decisões


A sustentabilidade tornou-se um pilar central nas decisões de compra e investimento no setor imobiliário. A eficiência energética, que inclui o uso de tecnologias que minimizam o consumo de energia, e a utilização de materiais eco-friendly são critérios que se tornaram decisivos tanto para clientes quanto para investidores. Cada vez mais, as pessoas estão conscientes do impacto ambiental de suas escolhas e buscam soluções que não apenas atendam às suas necessidades habitacionais, mas que também contribuam para a preservação do meio ambiente. Este foco na sustentabilidade não só ajuda a reduzir a pegada ecológica, mas também pode resultar em economias significativas a longo prazo, através da redução de custos de energia e manutenção. Portanto, as empresas do setor imobiliário que adotam práticas sustentáveis estão não apenas alinhadas com as demandas do mercado, mas também se posicionam como líderes em um futuro mais verde.



Edifícios modernos no Parque das Nações, em Lisboa, destacam-se pela arquitetura contemporânea, oferecendo oportunidades únicas para investir na remodelação de apartamentos.

Tendência mista


Uma tendência crescente entre muitas famílias é a opção de manter um imóvel reabilitado em uma zona central, ao mesmo tempo em que investem em uma construção nova em áreas de expansão. Essa abordagem mista reflete um desejo de equilibrar a vida urbana vibrante com a tranquilidade de um ambiente suburbano ou rural. As famílias podem optar por viver em um espaço reabilitado que oferece a conveniência de estar próximo a serviços, cultura e entretenimento, enquanto também buscam um novo lar que ofereça mais espaço e personalização. Essa dualidade não só permite que as famílias aproveitem o melhor dos dois mundos, mas também pode ser uma estratégia financeira inteligente, diversificando seus investimentos imobiliários e aproveitando as oportunidades de valorização em diferentes mercados.


Os próximos dois anos prometem ser um período de grande atividade no setor da construção, com a construção e a reabilitação coexistindo, mas cada uma com suas próprias oportunidades e desafios. A capacidade de se adaptar a essas dinâmicas distintas será crucial para o sucesso de empresas e profissionais envolvidos nesse campo.



4 passos para tomar a decisão certa


Decidir entre construir uma casa nova em Portugal ou reabilitar um imóvel existente exige análise minuciosa. Ambas as opções oferecem benefícios relevantes, mas também riscos que podem impactar custos, prazos e valorização. Para fazer uma escolha informada em 2025/2026, siga estes quatro passos fundamentais:


Karolline Dutra, CEO da Guedu Atelier, realizando medições para um projeto de reforma em Matosinhos.

1. Avaliar um orçamento do

investimento


O primeiro passo é definir um orçamento detalhado, incluindo todas as fases do projeto. Uma consultoria de custos pode ajudar a prever gastos com licenciamento, materiais, mão de obra e imprevistos. Ter clareza financeira evita surpresas desagradáveis e garante que a construção ou a reabilitação se mantenham dentro dos limites previstos. Além disso, permite comparar cenários de forma transparente, ajudando a perceber qual caminho tem melhor relação custo-benefício. Esse estudo pode ser realizado por meio de concursos de propostas, consultas diretas a empreiteiros ou através de preços de benchmarking, garantindo maior rigor na tomada de decisão.



2. Comparar a valorização futura


Mais do que o custo inicial, é essencial analisar como cada opção impacta a valorização do imóvel em Portugal. A localização, as tendências do mercado imobiliário 2025/2026 e a procura para a região influenciam diretamente no retorno do investimento. Estimativas profissionais ajudam a prever se construir ou reabilitar trará maior rentabilidade no médio e longo prazo. Também é importante avaliar a liquidez do imóvel — ou seja, a facilidade de venda futura, caso seja necessário.


3. Refletir sobre o estilo de vida desejado


Construir oferece personalização total e a possibilidade de integrar soluções sustentáveis desde o início. Já a reabilitação de imóveis históricos valoriza localização central e proximidade de serviços. Refletir sobre o estilo de vida que procura — liberdade criativa ou conveniência urbana — é essencial para alinhar expectativas pessoais ao mercado. Este é o momento de pensar não só em estética, mas também em conforto, mobilidade e funcionalidade no dia a dia.


4. Contar com acompanhamento técnico


O sucesso de qualquer projeto depende de acompanhamento técnico especializado. Arquitetos e engenheiros asseguram viabilidade, cumprimento de prazos e controlo de custos, além de garantir conformidade com normas legais. Em 2025/2026, investir em acompanhamento profissional será decisivo para transformar ideias em realidade. Na Guedu Atelier, apoiamos cada cliente em todas as fases, garantindo segurança, qualidade e um resultado alinhado às suas expectativas.




Conclusão


Entre construir do zero e reabilitar um imóvel, não existe uma resposta universal — a melhor escolha depende do perfil do cliente, da localização e dos objetivos a longo prazo. Tanto a construção como a reabilitação apresentam vantagens próprias e desafios específicos, sendo fundamental avaliar cada cenário de forma personalizada.


Vista aérea deslumbrante da costa de Comporta, um destino cobiçado por investidores para projetos contemporâneos graças à sua beleza natural e localização privilegiada.

Mais do que optar entre duas soluções, trata-se de alinhar sonho, investimento e viabilidade técnica. É aqui que entra o papel de um atelier de arquitetura: transformar ideias em projetos concretos, conciliando estética, funcionalidade e sustentabilidade. Com a devida orientação, é possível evitar erros comuns, otimizar custos e assegurar que o resultado final corresponda às expectativas.


Na Guedu Atelier, acreditamos que cada projeto é único e merece um olhar atento desde a fase inicial. Acompanhamos os clientes em todas as etapas — da análise de custos à execução — garantindo clareza, segurança e qualidade. O nosso compromisso é transformar decisões complexas em caminhos viáveis, criando espaços que combinam identidade, valor e futuro. Desigin ideas, building dreams.




Karolline Dutra - Engenheira Civil e Ambiental | Interior Designer

Especialista em Conservação e Reabilitação de Construções

Cost Consultant e Project Manager

Co-founder & CEO da Guedu Atelier

Escrito por Karolline Dutra

Engenheira Civil e Ambiental | Interior Designer

Especialista em Conservação e Reabilitação de Construções

Cost Consultant e Project Manager

Founder & CEO da Guedu Atelier



Tem dúvidas sobre o seu projeto?


Guedu Atelier é uma empresa de consultoria especializada em gestão de projetos, consultoria de custos, fiscalização de obras e design de interiores. Estamos prontos para apoiar decisões estratégicas e transformar ideias em projetos viáveis, equilibrando qualidade, funcionalidade e investimento.





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